A Igreja do Menino Deus foi mandada edificar pelo rei D. João V, para cumprir um voto quando nasceu o seu herdeiro varão, e para albergar uma venerada imagem do Menino Deus, com fama de milagrosa. As obras tiveram início em 1711, segundo plano do arquitecto régio João Antunes, sendo depois continuadas por Frederico Ludovice, em 1736. A igreja é um excelente exemplar do estilo barroco, mas só em Março de 1737 veio a ser consagrada. Foi um dos raros edifícios de Lisboa que resistiu incólume ao terramoto de 1755.

O seu interior destaca-se pela policromia dos mármores, em particular no retábulo da capela-mor, e ainda pela talha dourada das capelas e pelas telas dos retábulos laterais, atribuídas a André Rubira e André Gonçalves, enquanto as telas da capela-mor são de Francisco Vieira Lusitano e Francesco Pavona.








Existem 8 capelas laterais em arco de volta inteira, com retábulos de talha e obras de pintura atribuídas a André Gonçalves (a partir de desenhos de Vieira Lusitano), Inácio de Oliveira Bernardes e André Rubira. Do lado da Epístola:




Lado do Evangelho:




O tecto apresenta uma pintura executada por João Nunes de Abreu e Jerónimo Silva, segundo desenho de Vitorino Serra, em trompe l’oeil, com quadraturas, formando arcos, cornijas, modilhões, reunidos por festões e que convergem para um painel central (pintura em tela), onde se desenvolve a Glorificação de São Francisco, junto à Corte Celeste. Nos ângulos, a Temperança, Justiça, Força e Prudência.



