Passeio ao Seixal

O passeio ao Seixal começou com a visita ao Moinho de Marés de Corroios, mandado edificar por D. Nuno Álvares Pereira em 1403, e que é um dos raros moínhos de marés que ainda está em condições de trabalhar. Actualmente, funciona como Núcleo do Ecomuseu Municipal do Seixal.

Em seguida fomos à Quinta da Fidalga, cuja fundação remonta ao séc. XV. Propriedade agrícola e de recreio, enquadrada na magnífica baía, destacava-se pelos pomares de citrinos dos quais hoje ainda existem algumas árvores. Aqui residiram, durante algum tempo, Vasco da Gama e seu irmão Paulo da Gama. A quinta é desde 2001 propriedade da Câmara Municipal do Seixal. O palacete tem no seu interior uma capela revestida a azulejos portugueses do séc. XVIII.

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Por cima da porta da Capela existe um friso, com uma escultura detalhada, que representa o escudo de armas da família Miranda Henriques.

Nos seus belissímos jardins, com arruamentos repletos de azulejos  hispano-árabes , destaca-se uma capela do séc. XVIII, diversas fontes com esculturas, chafarizes e lagos realizados com fragmentos de diversos materiais incrustados como conchas , seixos, vidro, tijolos – a conhecida técnica de embrechado – de que são exemplo as Fontes de Neptuno, das Sereias e da Nascente.

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A Fonte de Neptuno, com desenhos geométricos feitos a partir da junção de pequenos tijolos, pedras e azulejos dos séc. XVII e XVIII, tem no interior esculpido um crocodilo e o deus Neptuno.

Fonte das Sereias, na qual as caudas destas personagens mitológicas estão pintadas com instrumentos musicais da época. No centro, uma estátua representando uma figura feminina.

A Fonte Nascente, com desenhos de caravelas numa alusão às caravelas que levaram os portugueses até à Índia.

A quinta possui um sofisticado sistema de rega, e o seu Lago de Maré pode ser considerado um monumento único na arquitectura hidráulica europeia. A entrada e saída de água dão-se conforme a subida ou descida das águas do rio Tejo, que está ligado ao lago por canais. O lago está cercado por um gradeamento em ferro forjado, e à volta bancos revestidos de azulejos azuis, onde as senhoras se sentavam enquanto os senhores praticavam a pesca de “salão” quando o lago enchia com a maré.

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Após o almoço  fomos conhecer a Tipografia Popular A. Palaio, fundada em 1955 por António Palaio, e cuja actividade  se manteve durante 50 anos, continuada pelos seus filhos, tipógrafos e compositores profissionais. Actualmente, é um espaço didáctico que permite conhecer as antigas técnicas de tipografia, reutilizando máquinas antigas (a mais nova é de 1944) que ainda funcionam perfeitamente. O Sr. Eduardo Palaio demonstrou como, na área da composição, com centenas de vinhetas combinadas, permitem criar belas imagens. Deu-nos ainda a conhecer como funciona a única réplica, em Portugal, da prensa Gutenberg, explicando com pormenor as várias fases da impressão.

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Terminámos o dia realizando um lindíssimo  passeio, no antigo Bote de Fragata Baía do Seixal, pelo rio Tejo.